Publiquei aqui, já há algum tempo, uma série de mitos (ou a desmistificação de alguns mitos). Como é um tema muito importante – que na altura ficou a meio -, resolvi publicar novamente, agora no blog, aqueles temas que já tinha abordado e dar continuidade a esta rubrica com temas novos.
O primeiro é sobre o Salmão: saudável ou nem por isso? Médicos e nutricionistas recomendam invariavelmente o consumo de Salmão. Fonte de Ómega 3, vitaminas e minerais. Só que não têm em conta que é raro encontrar-se à venda Salmão selvagem – quer em Portugal, quer no resto do mundo. O Salmão que compramos em supermercados e que comemos em restaurantes, é de viveiro e vem carregado de antibióticos, fungicidas, aditivos e corantes à base de petróleo (altamente cancerígenos). O Salmão selvagem é raro. E caro.
A verdade é que este peixe, que recebeu a fama de super alimento, repleto de Ómega 3, que combate o colesterol mau, é anti-inflamatório e traz inúmeros benefícios para o consumidor, não passa de um produto perigoso. Para piorar a situação, muitas vezes os peixes são criados em ambientes anti-higiénicos, recebem antibióticos, tem o dobro de gordura – na sua maioria de gordura saturada (má) e quase nada de Ómega 3 (boa). Por causa disto, os peixes recebem altas doses de antibióticos e fungicidas. Ou seja: mais contaminação na sua carne.
Damos como certo de que a carne do peixe é rosa-alaranjada – ou ‘salmão’. Porém, esta a regra aplica-se somente ao peixe de alto-mar, que passa a vida em liberdade no oceano para subir os rios na época da reprodução e morrer em seguida. Esse peixe é raro, caro, delicioso e belamente colorido por conta de sua dieta à base de camarão e krill.
A esmagadora maioria do peixe encontrado nos mercados de todo o mundo é criado em aquacultura, e tem uma cor que vai do cinza ao bege-claro, passando no máximo por um rosa-pálido. Para ficar com o mesmo tom do salmão selvagem ele recebe uma ração com aditivos sintéticos derivados de petróleo.
Além disso, estudos apontam que consumir uma média mensal de 200 gramas deste pescado, apresenta riscos cancerígenos inaceitáveis.
Para além disto tudo – que é grave – há ainda a questão animal, claro. Mas mesmo que esse ponto não seja relevante para alguns, pelo menos a própria saúde e felicidade é, tenho a certeza, para todos.