Reparei hoje que já não escrevia aqui há quase um ano. Entretanto muita coisa mudou e talvez daí o meu silêncio… Não mudou nada de tangível, por assim dizer. Continuo a fazer viagens com a Macro Viagens (informações sobre os novos programas no fim deste post), continuo a viver com a minha maravilhosa família de três (eu, marido e cão), continuo com saúde e com os mesmos interesses (e a aprofundá-los, sempre). Mas interiormente, tem mudado muita coisa. E a uma velocidade cada vez maior. Para além disso, tenho sentido um desapontamento crescente com as redes sociais e com o mundo digital em si, de uma forma generalizada. Ao ponto de equacionar se é será mais benéfico partilhar o que quer que seja ou estar em silêncio. E tenho optado pelo silêncio.
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Depois de Ella, segui para Polonnaruwa, onde dormi uma noite, e a seguir fui para Sirigiya, Dambulla e Anuradhapura. Alguns destes locais, confesso, não gostei muito. Tratam-se basicamente de ruínas, ruínas e mais ruínas… Talvez hoje tivesse procurado outras experiências e tivesse passado ao lado destes complexos, que ainda por cima são bem caros.
No post anterior falei da primeira parte do roteiro de duas semanas que fiz no Sri Lanka, aqui continuo a contar esta viagem. Depois de Mirissa Beach e Udawalawe National Park, fomos para Ella, um dos meus locais preferidos por onde passei no Sri Lanka. Apesar de imensamente turístico, tem um encanto muito especial e uma natureza incrível.
Duas semanas no Sri Lanka não é muito tempo, mas já dá para ficar sentir o país e visitar diferentes partes da ilha. Muito importante: planear com antecedência, sem marcar os alojamentos (já que assim tem-se mais liberdade e há sempre onde ficar). Tal como expliquei no post anterior, eu considero que não fiz a rota ideal. Como fui sem preparar nada (para quem não sabe porquê, explico aqui), depois de Colombo fui para o Sul, com o propósito de passar alguns dias a relaxar ao sol e a planear as semanas seguintes em Mirissa. E foi o que fiz. Mas não deveria ter começado por aí – ou nem devia ter ido a Mirissa Beach, não achei nada de especial e no Sul em Agosto é a época das chuvas. Para além disso, mais à frente, apanhei uma greve dos comboios, o que fez com que não conseguisse fazer a mítica viagem de Kandy para Ella – dizem que é uma das mais bonitas do mundo. Mas já vamos a isso, para já, aqui fica a primeira parte do roteiro que fiz em duas semanas, no Sri Lanka.
Como muitos sabem, pois foram acompanhando pelo Instagram, estive nas últimas duas semanas no Sri Lanka (para quem não viu, os InstaStories que fiz ainda estão disponíveis nos destaques). Foi uma viagem totalmente não planeada! Passo a explicar: estava em Kuala Lumpur e ia embarcar para Bali, quando foi emitido um alerta de Tsunami. Decidi, naquele momento, que não ia embarcar para a Indonésia. Marquei rapidamente um hotel em Kuala Lumpur pelo Agoda.com, fui recuperar as malas que entretanto já estavam dentro do avião e tiveram de ser tiradas do porão, saí do aeroporto – tive de passar outra vez a emigração, mas desta vez no sentido contrário – e, na manhã seguinte, após uma noite de sono aos tropeções e uma rápida pesquisa para encontrar voos a preços econômicos para países onde seria possível tirar o visto de forma quase imediata, decidi viajar para o Sri Lanka! Um destino que já estava nos meus planos há algum tempo, mas do qual só sabia três coisas: Budista, ilha, a sul da Índia. Apanhei nessa mesma manhã um voo da SriLakan Airlines (a melhor companhia aérea onde já viajei na Ásia) com destino a Colombo, onde cheguei após algumas horas.
Paciência. A Índia ensina-nos a ser pacientes. Ninguém sobrevive num país com 1.225 biliões de pessoas sem paciência. Ou por outra, sobrevive, sim, tal como nós sobrevivemos aqui, nos ditos países desenvolvidos. Mas não vive, realmente. Na Índia, é natural que uma viagem rotineira demore 5, 6, 10, 12 horas. E é banal ir numa viagem de camioneta com essa duração para regressar no mesmo dia, durante a noite. E se for preciso, com um bebé ao colo. Ou dois, até.