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18 Agosto, 2016

Mudar para a alimentação macrobiótica. Como?!

Macrobiótica
Mudar para a alimentação macrobiótica. Como?!

Mudar para a alimentação Macrobiótica não é fácil. Há não muito tempo tinha a profunda convicção de que se queríamos mudar, devíamos fazê-lo da noite para o dia. Apenas estávamos dependentes da nossa vontade. Ou seja, o correto seria começarmos a mudar de alimentação pela Dieta nº 7 (10 dias de Arroz Integral) e, gradualmente, chegarmos à Alimentação Macrobiótica padrão. Ou então, iniciarmos imediatamente a Alimentação Macrobiótica padrão (com as adaptações inerentes à condição de cada um, claro). Achava que se não tivéssemos a força de vontade suficiente para mudar, então não valia a pena sequer tentar. Isto não é de todo verdade.

“As pessoas doentes incessantemente expressam o desejo de serem curadas; afirmam que têm a vontade de se libertar do seu mal, a todo preço. Vontade desta categoria não é senão o simples desejo de se recolherem em si próprias; de escapar do estado em que se encontram, por outras palavras, mera forma de derrotismo. – George Ohsawa, in Macrobiótica Zen

Fui mudando de opinião aos poucos e percebi que o ideal é muito bonito, mas é uma teoria. O certo pode ir acontecendo. Não se chega ao destino, sem se percorrer o caminho. Há quem consiga mudar de um dia para o outro, sem se lamentar uma única vez, mas não é [nada] frequente. Depende da personalidade, das circunstâncias e de haver um reconhecimento anterior dos ensinamentos. Eu tive a vida facilitada, já nasci numa família com um estilo de vida macrobiótico.

[Mudança gradual]

Neste momento penso que, para a maioria das pessoas, uma alteração de estilo de vida e de alimentação é mais fácil se for feita gradualmente. Os padrões de comportamento desadequados estão tão enraizados que quando se quer mudar tudo de uma vez, na maioria dos casos, perde-se tudo. Desiste-se, é difícil, e acaba por não se mudar nada. Para além dos milhares de informação contraditória sobre o que é saudável e o que não é disponível (e que ainda por cima muda constantemente).

Para quem tem uma alimentação normal, à base de alimentos processados, cereais refinados, carnes vermelhas, peixes, produtos geneticamente modificados, químicos,… e não tem nenhum conhecimento nem preocupação com questões de proporção, em usar produtos biológicos, da época e do local, quem não lê os rótulos, não conhece as leguminosas, os cereais integrais, outras fontes de proteínas que não a carne e o peixe, quem nunca pensou que está contribuir para o sofrimento de outros seres,… é muito, mesmo muito complicado mudar de um dia para o outro.

Nestes casos, há quem se sinta completamente perdido. É natural! E isso acontece por várias razões, que não estritamente ligadas à força de vontade, e a pessoa sente-se completamente às escuras e sozinha. Mesmo assim, normalmente no início há um entusiasmo grande. Especialmente com a Dieta nº 7. “10 dias de Arroz Integral, vai ser fácil, eu consigo”. Mas depois vem a fome por doces, as dores de cabeça, os convites dos amigos para um café, a família que não compreende, o organismo que acusa a mudança, as milhares de informações diferentes e contraditórias nas notícias, livros, etc e  começam as dúvidas. E fazem-se umas asneiras. E desiste-se, sem nunca se ter verdadeiramente começado.

[Sugestões para mudar de alimentação]

Para quem quer realmente uma vida mais saudável, poderá ser mais fácil mudar aos poucos. Ir fazendo o caminho em direção a uma vida mais saudável e plena, sem querer chegar à meta antes de percorrer o caminho. Uma mudança progressiva poderá ser muito mais fácil.

Dicas:

  • Fazer uma consulta de orientação alimentar com Francisco Varatojo do IMP. Este deve ser o primeiro passo, para haver uma boa base e orientação. Recomendo vivamente o Francisco.
  • Comprar alguns livros de alimentação e cozinha (este, este e este são muito bons) e praticar.
  • Fazer um Workshop de Cozinha (há vários por todo o país: em Lisboa no IMP, no Porto no Suribachi com a Ana Torres, em Braga no Semente, etc etc).
  • Procurar lojas de produtos Bio perto de si (há muitas mesmo, é só pesquisar). Frequentar essas lojas, pedir conselhos, ir lendo rótulos,…)
  • Ir substituindo gradualmente todos os utensílios de cozinha que usa por peças em material Inox, Ferro fundido, Vidro e Madeira. Não é preciso deitar tudo ao lixo, mas ir comprando utensílios de boa qualidade aos poucos é fundamental.
  • Não usar micro-ondas – habituar-se a aquecer a comida no fogão.
  • Comprar uma placa difusora, caso o fogão não seja a gás.
  • Comprar um steamer e outros utensílios que considere necessários, de boa qualidade. A Próvida tem vários. Não é preciso comprar tudo de uma vez.
  • Usar remédios caseiros como o Caldo de Vegetais Doces para atenuar a ansiedade por açúcar e limpar.
  • Comprar detergentes ecológicos e biológicos à medida que os anteriores forem terminando.
  • Quando tiver de comer fora, optar por vegetarianos, italianos, sushi,…

Plano de mudança de alimentação progressivo:

De 1 a 10 dias – Eliminar Açúcar, Sal Refinado, Gorduras Saturadas, Refrigerantes, Produtos Processados e Industrializados (ex. refrigerantes, bolos, açúcar, fritos, fast food, congelados pré-preparados,). Deixar de comer fora de casa e passar a fazer todas as refeições cozinhadas por si. Substituir o açúcar por adoçantes naturais e usar apenas Sal Marinho grosso para cozinhar. Ler os rótulos de tudo o que compra.

De 11 a 20 dias – Substituir todos os cereais que usa por Cereais Integrais e comer a todas as refeições pratos com cereais (excepto ao lanche). Deixar o pão branco e optar pelo integral. Comer uma tigela de Sopa Miso por dia.

De 21 a 30 dias – Deixar de comer carne vermelha e produtos animais não biológicos. Passar a usar apenas peixe branco, carnes brancas (peru, frango,…) também bio. Substituir café por cevada ou chá.

De 31 a 40 dias – Usar apenas produtos animais 3 vezes por semana e nas restantes refeições substituir essa proteína por Feijões (Feijão Azuki, Lentilhas, Grão-de-Bico,…), Seitan, Tofu,… Começar a introduzir algas. Ter atenção às proporções.

De 41 a 50 dias – Começar a utilizar apenas legumes e frutas biológicos e da época. Usar carne ou peixe apenas 1 vez por semana. Não beber às refeições e beber apenas quando tiver sede.

De 51 a… – Guiar-se pela Pirâmide Macrobiótica. Fazer algumas excepções, claro, mas não fazer da excepção a regra. Ser flexível, mas manter um estilo de vida e alimentação saudável.

[Força de vontade, disciplina e alegria]

A força de vontade para a mudança acontecer é muito importante. Assim como as questões práticas e a disciplina. Se não soubermos o que cozinhar – nem como – é impossível começar a mudança! E a alegria – ou seja, satisfação por viver – também é fundamental. Não é nada equilibrado viver em sacrifício para ter mais saúde ou um corpo mais bonito. Se a alimentação for um sacrifício, é necessário adaptar, dar mais cor e alegria aos pratos confecionados, pedir recomendações a quem tem mais experiência. A Vida é para ser vivida com alegria e gratidão, é para ser desfrutada!

Normalmente no inicio a mudança custa muito – o corpo e a mente estão habituados a outros estímulos -, mas ao fim de um tempo tudo fica mais sereno e há verdadeira satisfação em ter um estilo de vida / alimentação mais saudável, não provocando sofrimento a outros Seres e comendo de forma simples e integral.

Força de vontade, disciplina, alegria e… Itadakimasu!

Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda e acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci. Vivo no Alentejo profundo, no Monte do Almo, onde recebo hóspedes. Mas também me identifico com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência. Umas vezes em família, outras quando levo grupos a viajar de forma mais profunda, compassiva e espiritual com a Macro Viagens.

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Comments (3)

  1. […] FONTE: I LOVE BIO […]

    Responder
    Como mudar para alimentação macrobiótica? | Indian Rose - 22 Agosto, 2016
    1. Estou numa fase de vida, com alguns problemas de saude, essencialmente no campo do estomago.
      tive a oportunidade de durante 15 dias fazer essencialmente uma base De alimentacao MACROBIÓTICA. Senti- me bem melhore gostaria de iniciar este tipo de alimentacao mas reconheco que pouco sei sobre quais os alimentos principais a introduzir e como preparar.
      Sera possivel uma ajuda?

      Responder
      Maria Manuela Jorge Pinto - 1 Outubro, 2018
      1. Olá Manuela,
        a minha sugestão, para obter bases para preparar refeições equilibradas e saudáveis, é que comece por uma consulta de orientação de alimentação e estilo de vida (recomendo o Instituto Macrobiótico de Portugal em Lisboa e o Nuno Félix no Porto). Aí vai obter as bases e conhecimentos para começar a alterar a sua alimentação, de forma consciente. São consultas muito completas, em que leva inclusive consigo um “manual” com os alimentos correctos, formas de os confecionar, receitas, etc
        Em simultâneo, poderá ler alguns livros (o “Mente Sã em Corpo São” de Francisco Varatojo, é um bom livro para começar).
        Fazer alguns workshops de cozinha, também ajuda muito, quer a conhecer outras pessoas interessadas no mesmo estilo de vida – o que é uma grande força motivadora -, quer a adquirir conhecimentos. O Instituto Macrobiótico de Portugal tem vários workshops bons (assim como palestras), a Ana Torres no Porto também dá workshops, em Braga no Semente – Centro Macrobiótico também existem cursos regularmente,… depende da zona onde vive. 🙂
        Espero ter ajudado e força na mudança de alimentação, a Macrobiótica parece-me ser a resposta para quem procura uma alimentação saudável. Não é fácil mudar de repente, mas aos poucos as mudanças vão acontecendo, havendo motivação.
        Um beijinho!

        Responder
        Diana Chiu Baptista - 7 Outubro, 2018

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Sobre Mim

Diana Chiu Baptista

Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética. Vivo no Monte do Almo, no Alentejo, e identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência - umas vezes em família, outras vezes com grupos em programas da Macro Viagens.

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