Há já algum tempo que esta série de posts fervilha na minha cabeça. A Índia ensina-nos tanto…! E é tão difícil digerir tudo, como é inevitável que essa digestão, lenta, acabe por se fazer, mais tarde ou mais cedo. A Índia é um murro no estômago – especialmente se andarmos distraídos com a nossa vidinha. É por isso que a Índia é conhecida por nos provocar diarreia, acho: limpa-nos, por dentro e por fora. A Índia nunca se revela toda, há sempre mais e mais… Quando achamos que já sabemos tudo, zás! É tantas vezes subtil, quantas tem a mão pesada. A Índia leva-nos simultaneamente – às vezes em questões de segundos – ao inferno e ao céu. E à exaustão… Dá-nos e tira-nos tudo em instantes. É doce e é amarga. É negra e é colorida. Tem tanto de bela como de horrível. A Índia dói, dói muito. Muitas vezes. Vezes de mais. Mas é quem também nos abraça com um sorriso aberto, outras tantas vezes.
Das viagens que já fiz à Índia tirei tantas, mas tantas lições… Muitas das quais – aposto – ainda nem sequer tomei consciência. Cada viagem é diferente, mesmo que seja para os mesmos locais, exactamente pelos mesmos percursos. Cada viagem é diferente porque interiormente nós nunca estamos iguais e a Índia parece saber disso.
Este é o post zero, a introdução a esta série de posts que já existe há algum tempo dentro de mim e estava só à espera de uma oportunidade para se materializar. Dentro de dias, uma das lições que tirei da Índia. Ou talvez seja esta já a primeira lição: que a Índia nos dá sempre lições.
Querida Diana, este post diz-me tanto… é sempre muito DIFÍCIL descrever a ÍNDIA só com uma palavra (pelo menos é o que eu digo quando me perguntam como é a ÍNDIA), a índia é um constante CONTRASTE.
beijinho com muitas saudades da índia e tuas:-)
Querida Cátia, é mesmo difícil descrever… É uma viagem interior e tão pessoal! Também tenho saudades vossas. <3 Beijinho muito grande para ti e César.
Valeu Obrigado.