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17 Março, 2018

O que a Índia ensina #1: a percepção da nossa imagem.

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O que a Índia ensina #1: a percepção da nossa imagem.

No Ashram da Amma – que, para quem não sabe, é uma espécie de mosteiro (Ashram) de uma guru Indiana (a Amma) que dá abraços -, alguns dos quartos não têm espelhos. E os que têm, têm apenas um pequeno espelho de rosto. Num Ashram valoriza-se a vida interior – espiritual – e não o exterior. As roupas são simples e modestas.

Dizem no Ashram que a Amma nos “dá” aquilo que mais precisamos de receber. O que significará, então, ficar num quarto sem espelhos…?!

Segundo a minha experiência, quando não nos olhamos ao espelho durante algum tempo, a percepção que temos de nós mesmos vai mudando… E, naturalmente, vai-se fundindo com a percepção que temos de nós mesmos, mas ao nível interior. Passamos a considerar que os outros nos percecionam da mesma forma que nós sentimos por dentro. Se estamos zangados ou tristes, vemo-nos de forma diferente daquela que nos vemos que se estivermos serenos e alegres. É um pouco complicado explicar esta sensação… Mas assemelha-se a uma união entre interior e exterior, o que faz com que surjam dois cenários possíveis:

  1. Ou as inseguranças que advém da perceção de que não temos um exterior em sintonia com os nossos desejos deixam de existir, e passámos a sentir-nos numa forma fisicamente mais agradável;
  2. Ou sentimo-nos numa forma mais desagradável do que antes, se interiormente não estivermos “bonitos”.

Nenhuma destas opções é estanque, claramente, e podemos oscilar, num só dia até, de uma para a outra variadíssimas vezes, dependendo do nosso estado emocional. De qualquer forma, qualquer que seja o cenário, a imagem que temos de nós mesmos torna-se substancialmente mais realista com a ausência de espelhos e começamos gradualmente a alcançar uma maior liberdade relativamente ao especto físico.  E, nessa medida, começa a existir uma real possibilidade de sermos cada vez mais autênticos e de estarmos cada vez mais em sintonia connosco mesmos, independentemente do “aspecto”.

Não que um espelho – ou vermo-nos ao espelho – tenha mal ou seja em si mau. A negatividade depende da relação que temos com o espelho. Se for uma relação de dependência, de sobrevalorização da importância da aparência, então será importante existir talvez uma “dieta” de espelhos. Se for uma relação superficial, então a falta de um espelho não trará qualquer benefício.

Após alguns dias no Ashram sem espelhos, quando nos voltamos a ver pela primeira vez, há sempre um misto de espanto – pelo menos comigo é assim. E uma atualização da nossa imagem mental, para a que aparece no espelho.

Será que alguns dias ou semanas sem espelhos podem-nos ajudar a libertar da escravatura da imagem em que vivemos? Talvez não, provavelmente não. Só cada um de nós se pode libertar. No entanto, durante o tempo que passei na Amma, a percepção que tive minha imagem, a percepção física que tive da “Diana”, foi diferente daquela que tenho nos dias comuns. Foi, talvez, mais livre.

AmmaImagemÍndiaO que a Índia nos ensina

Diana Chiu Baptista

Sigo o Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética, sustentável, consciente e compassiva. Vivo em Portugal, mas identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência. Umas vezes em família, outras vezes em grupo, com pessoas que procuram experiências potencialmente transformadoras. Estas viagens de grupo, mais realistas do que turísticas e com contacto com diferentes tradições espirituais, são organizadas pela agência Macro Viagens, que fundei com o meu marido.

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Diana Chiu Baptista

Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética. Vivo em Portugal, mas identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência - umas vezes em família, outras vezes com grupos em programas da Macro Viagens.

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