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5 Maio, 2018

O que a Índia ensina #2: veganismo.

Alimentação
O que a Índia ensina #2: veganismo.

Tal como partilhei aqui no início de 2018, uma das minhas metas para este ano foi deixar por completo os poucos (achava eu) produtos de origem animal que ainda consumia. Desses produtos, faziam parte, acreditava eu, apenas queijo e ovos biológicos.

Só que não. Para além de ingerir também alguns produtos de origem animal, sem pensar, escondidos em comidas não feitas por mim – natas, leite, manteiga e ovos não biológicos –, ainda existe todo um mundo de aditivos de origem animal, alguns deles – pasmem-se – usados em produtos de origem vegetal. Mas já lá vamos.

Durante a última viagem que fiz pela Índia, vi tantas, mas tantas vacas a comerem lixo, com as patas e os focinhos mergulhados em lixeiras de dimensões chocantes, que – para além de sensibilizada com a situação delas, claro, mas disso falarei noutro post -, fiquei completamente e-n-o-j-a-d-a e deixei imediatamente de conseguir sequer imaginar que voltaria a consumir um produto vindo dali. Já antes tinha consciência de que o leite e derivados de outros mamíferos não é definitivamente para serem consumidos por nós. É para os seus filhos, tal como o leite das nossas mães é para nós, em bebés. Sobre os ovos, o mesmo: passou a meter-me muito nojo, de um momento para o outro, não me imagino a comer a “menstruação” de uma galinha. Isto já para não mencionar o sofrimento animal associado também a estes produtos (li que, mesmo nos animais do campo, a título de exemplo, entre muitos, amordaçam bezerros bebés para não mamarem o leite da sua mãe vaca, pois é para ser usado para os humanos…).

E se antes fechava muitas vezes os olhos e tentava ver apenas as aparências – um bolo, por exemplo, não parece nada ter produtos de origem animal, é tão bonito e saboroso… – deixei de conseguir enganar-me a mim mesma e, na Índia, preferi muitas vezes comer só Dal (lentilhas) e arroz do que comer legumes, caso tivesse Panner (queijo indiano) que antes adorava. Cá, tenho levado as minhas marmitas quando vou para fora e tenho comido maioritariamente em casa, que é o melhor, pois sabemos a qualidade dos ingredientes que usamos e como cozinhamos.

Voltando aos aditivos, sabiam por exemplo que existe um corante que dá cor vermelha, o E-120, e que é feito de – blharc! – insectos?! Pois é… O E-120 está presente tanto em produtos de beleza, maquilhagem e higiene, como em medicamentos (?) e até em vários produtos alimentares, como doces, gomas, iogurtes, sumos, refrigerantes, bebidas alcoólicas,… Mas, agora o pior: é usado até em salsichas vegetarianas! Agora que já sei, procuro sempre na lista de ingredientes as palavras Cochineal, Cochonilha, Ácido Carminic, Carmines, Carmim, Natural Red 4, CI 75470 ou aditivo E-120. Aqui encontram uma lista completa com este e outros aditivos.

Há mais (para além de casos bem conhecidos de todos, espero, como o das gomas): o vinho, que parece um inofensivo produto vegetal à base de uvas, não é. Pois… Tem cartilagens, vísceras, ossos, gelatina (geleia obtida através da fervura de tecidos animais como a pele, tendões, ligamentos ou ossos de mamíferos), vesícula de peixe, caseína (proteína do leite), sangue coagulado,… que são usados no processo de filtragem e clarificação. É horrível. A boa notícia é que há cada vez mais marcas de vinho veganas e orgânicas.

É fácil fecharmos os olhos e não querermos ver, eu sei. É mesmo o mais fácil. Também há muita informação que, se não nos dedicarmos a procurar, não temos acesso. Mas hoje com a Internet, é tudo muito mais fácil, não é? Por isso é que é preciso CONSCIÊNCIA. É mesmo preciso escolhermos de forma consciente e informada. Desde as escolhas que aparentam ser menores – como o que comer -, até às grandes decisões. Todos os nossos actos, palavras, pensamentos têm impacto. Poderá não ser visível aos nossos olhos, poderá não ser no imediato, mas nunca são isentos. Cada acção tem uma reacção. Quer para nós, quer para outros humanos, quer para outros seres não humanos, quer para o planeta. É mesmo MUITO importante trazer consciência a cada momento, acredito cada vez mais nisso e não me farto de dizer o mesmo. E quanto mais consciência trouxermos a cada acção, pensamento, palavra, cada vez seremos ainda mais responsáveis por fazer escolhas conscientes, para nós e para os outros. Vamos pensar nisso? Eu tenho pensado nisto todos os dias.

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Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética, sustentável, consciente e compassiva. Vivo no Alentejo, no Monte do Almo, e identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência. Umas vezes em família, outras vezes em grupo, com pessoas que procuram experiências potencialmente transformadoras, através da Macro Viagens.

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Guio-me pelo Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética. Vivo no Monte do Almo, no Alentejo, e identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência - umas vezes em família, outras vezes com grupos em programas da Macro Viagens.

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