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30 Maio, 2018

O que a Índia ensina #3: deitar cedo e cedo erguer.

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O que a Índia ensina #3: deitar cedo e cedo erguer.

Na Índia aprendi que a noite é para dormir e o dia é para estarmos activos. Que não há melhor do que respeitar o ritmo da natureza, adaptar ao Inverno e ao Verão e ter um horário diário que comece com o nascer do dia e termine com o pôr do sol. Claro que já sabia tudo isto, toda a gente ouve desde pequenino dizer que “deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”, certo? É do senso comum o quão é importante acompanharmos o ritmo da natureza. Mas daí até SABER mesmo a sério…

Durante a maior parte da minha vida adulta, a minha hora de acordar foi sempre definida consoante as actividades do dia seguinte. Ou seja, se tinha de trabalhar às 9:00, por exemplo, punha o despertador para as 7:00 (15 minutos para sair da cama, 1 hora para banho, vestir e pequeno-almoço e 15 minutos para deslocações). E lá ia eu, sempre a correr, às vezes sem tempo para fazer a cama ou lavar a louça do pequeno-almoço antes de sair de casa, por estar atrasada. Ao fim-de-semana, o mesmo: acordava consoante os compromissos que tinha e consoante, claro, a hora, a que me tinha deitado na noite anterior. Sobre esse assunto, a hora de deitar, é melhor nem falar muito: sempre fui de “vamos aproveitar“, “diversão é que é“, “dormir é para meninos“. Durante anos e anos e anos a fio deitava-me mesmo muito tarde aos fins-de-semana, especialmente, e por conseguinte levantava-me a horas vergonhosas no dia seguinte. Já para nem falar na época da faculdade ou até durante os primeiros anos de trabalho, em que cheguei a ir de directa para o escritório (!!). Sempre com a sensação de que a minha vida era um caos e de que não estava a fazer nada de jeito. Enfim…

Quando deixei de trabalhar num emprego normal, há um ano, uma das grandes mudanças que fiz foi precisamente sobre as horas de acordar e de deitar. Hoje, por exemplo: daqui a pouco tenho uma aula com um professor com quem que faço exercício 2 a 3 vezes por semana (falei sobre essas aulas aqui) e não acordei às 8:00, como faria antes, com tempo só para ir à casa de banho, lavar a cara, vestir e tomar o pequeno-almoço. Acordei às 6:00, como em todos os outros dias. Neste momento são 8:39 e estou a escrever este post, já de pequeno-almoço tomado (creme de bróculos com arroz integral), com a roupa de desporto vestida, já despachei todos os e-mails pendentes e já fiz, até, algumas tarefas domésticas. Antes, bebi calmamente, ainda na cama, um copo de água fervida (outro ensinamento da Índia). Deito-me, salvo raras excepções, por volta das 21:30 ou 22:00, seja semana, seja fim-de-semana, e isso permite-me acordar cedo cheia de energia (o que antes não acontecia, era um martírio acordar cedo, às 6:00 da manhã, então, estava fora de questão, só se não tivesse mesmo hipótese), fazer tudo com calma e tranquilidade, ter tempo para deixar a casa ordenada antes de sair ou de começar a trabalhar.

Eu produzo muito mais de manhã do que à noite. Sempre foi assim. De manhã tenho mesmo muita mais energia, quer física, quer mental, do que à tarde. Por isso, porquê desperdiçar essa energia a dormir, e acordar sempre cheia de pressa, cansada, em esforço, quando posso escolher deitar-me cedo, sempre à mesma hora, num ritmo certo, e acordar com muito mais energia e com a sensação de dever cumprido, de que está tudo certo, todos os dias?! Foi a esta conclusão a que cheguei, no ano passado, na Índia, quando decidi aproveitar o lanço do ritmo que fazia lá, para que quando chegasse a Portugal – ainda por cima com a ajuda do Jet Lag – conseguisse dar todo um novo ritmo aos meus dias. E assim foi.

Para me organizar, porque trabalho a partir de casa e é fácil ficar tudo misturado e desorganizado, fiz um horário diário, que tenho cumprido na sua generalidade (ajustando-o, claro, sempre que é necessário), Esse horário inclui tempo para trabalhar, tempo para práticas espirituais, tempo para tarefas domésticas, tempo para cozinhar, tempo para exercício, tempo para tratamentos caseiros antes de dormir (esfregar o corpo com toalha quente (aqui), gargarejar com água e sal, escalda pés,… o que for necessário) e tempo livre. Para me ajudar a recordar, coloquei alarmes no meu telemóvel, para não me perder. E tem funcionado!

Outra diferença no meu dia-a-dia, é que deixei de dividir o tempo em semana e fim-de-semana. Ou seja, visto que neste momento tenho liberdade para organizar o meu trabalho como me dá mais jeito, por norma trabalho 7 dias por semana (mas também faço outras actividades – as que normalmente se fazem ao fim-de-semana – 7 dias por semana). Tem feito muito mais sentido para mim fazer assim, do que parar dois dias só porque sim e trabalhar 5, porque é assim que socialmente as coisas são. A Índia inspirou-me também nesta decisão, por lá não há cá “ai que chatice, o meu fim-de-semana está estragado, vou ter de trabalhar“. Mas também não há o trabalho diário excessivo que há cá, a vida é levada com mais calma, mas com mais energia. E isso agrada-me. Mesmo muito. <3

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Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda e acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci. Vivo no Alentejo profundo, no Monte do Almo, onde recebo hóspedes. Mas também me identifico com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência. Umas vezes em família, outras quando levo grupos a viajar de forma mais profunda, compassiva e espiritual com a Macro Viagens.

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Comments (4)

  1. Olá Diana, eu identifico-me muito contigo
    é raro encontrar-mos hoje em dia pessoas com estes pensamentos parece que anda tudo doido neste mundo.
    quando digo que me deito por volta das 22.00h toda a gente olha para mim com cara de surpresa!
    faz bem vivermos em sintonia com a natureza concordo contigo!
    bjs

    Responder
    PAULA - 2 Agosto, 2019
    1. Olá Paula,
      obrigada pelo feedback. 🙂
      É verdade, dependendo das pessoas com quem nos relacionamos, as reações podem ser de surpresa. Mas penso que tem havido uma grande mudança e há cada vez mais pessoas que pretendem viver em sintonia com a natureza.
      Um beijinho!

      Responder
      Diana Chiu Baptista - 3 Agosto, 2019
  2. Quando se tem filhos é tão difícil deitar a essas horas… Bem que gostava, mas com 2 filhos é impossível….
    Gosto muito do Blog! É uma inspiração Diana. 🙂

    Responder
    Cláudia - 30 Maio, 2018
    1. Obrigada, Cláudia. Beijinho grande <3

      Responder
      Diana Chiu Baptista - 3 Junho, 2018

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Diana Chiu Baptista

Diana Chiu Baptista

Guio-me pelo Dharma de Buda, acredito no potencial da Macrobiótica – que sigo desde que nasci - e estou a caminhar para uma vida cada vez mais ética. Vivo no Monte do Almo, no Alentejo, e identifico-me com a luz do Oriente, para onde viajo com frequência - umas vezes em família, outras vezes com grupos em programas da Macro Viagens.

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