Conheço-o desde que me conheço. Foi o meu “médico” e mestre desde sempre. E por saber como era incrível em diagnóstico, sempre me senti segura em qualquer doença. Desejei muitas vezes ter nascido na sua família, tão inspiradora e unida… E doí-me também pensar na dor por que estarão a passar, como se estivesse de alguma forma ligada a eles – especialmente à Marta, de quem me sinto próxima sem haver porquê.
É estranho pensar que o Francisco já não está entre nós… Tudo é impermanente, eu sei. Mas é só quando a impermanência se materializa, que temos realmente consciência de como a vida é frágil e de como tudo muda a cada instante. Embora eu não fosse próxima do Francisco, ele era-me muito próximo. E sinto-me muito grata por isso – embora extremamente triste. Mas principalmente grata, por ter tido a oportunidade de usufruir da sua sabedoria. E grata por tantas vidas que ele transformou, através da sua mensagem sobre o poder que cada um tem de transformar a sua própria vida. E ele teve uma Grande Vida.
Francisco Varatojo foi um homem incrível, que dedicou toda a sua vida a transformar vidas. Um Ser Humano que fez realmente a diferença e que tocou milhares de corações. Cumpriu a sua missão, vivenciando toda a sua incrível sabedoria e transmitindo-a aos outros. Teve uma macro vida, plena e feliz, tenho a certeza. Estará sempre entre nós através da sua luz. E através do incrível legado e sabedoria que nos deixou.
Quando parte um Mestre, como ele o foi para tantos, ficamos todos muito mais sozinhos e perdidos. A única homenagem possível é cada um espalhar e vivenciar, o melhor que souber, a mensagem da Grande Vida que sempre moveu a sua existência neste plano. Cada um de nós é responsável pela sua vida e pela sua própria Felicidade e isso começa pela alimentação. Agora, sem a preciosa sabedoria do Francisco, mas com a alegria – ainda que triste – pelo tanto que deixou e partilhou. Existem alguns Seres especiais que têm o poder de tocar corações e ele, sem dúvida, cumpriu a sua missão ao tocar milhares.
[A sua família e amigos estarão amanhã – terça-feira dia 11 de Julho – no Teatro Thalia, a partir das 15h. A cerimónia de homenagem acontecerá às 20h00.]
Cuidado como se faz macrobiotica. Lamentável acontecimento mais uma vez fica PROvado que nem tudo é como se diz… AVELINE KUShi morre com cancro. MICHIo kushi morre de cancro. Francisco que TANTA referência fazia ao universo e que nada nos afeta se comermos bem morre desta forma inesperada… nem tudo o que se ensina no Instituto é como se DIZ… cuidado como se faz macrobiotica… nos anos hippies morreram inúmeras pessoas apelidadas de macrobioticas e… continua acontecer… os dias de hoje não são os mesmos de à milênios… alimentação natural não é macrobiotica. Eu mudei para alimentação natural porque SE não o fizesse provavelmente também já me tinha acontecido alguma…
Olá Manuel, permita-me discordar de alguns pontos:
– Aveline e Michio pelo que sei, devido à vida que tinham em prole da divulgação da filosofia macrobiótica, grande parte passada em viagens, não se regiam segundo os princípios tão frequentemente como o (provavelmente) desejariam. Para além de que a Macrobiótica não dá propriamente um “certificado” para que não se tenham doenças, diminui, sim, as probabilidades, mas há outros factores envolvidos (hereditariedade, meio ambiente, lado emocional,..);
– Hoje em dia a Macrobiótica é muito mais flexível e colorida e alegre do que era nos anos 70 (condicionada, na altura, pela época que se vivia de intelectualização). Em Portugal, esta mudança deu-se pelo incansável trabalho do Francisco e da sua família e de outros com forte ligação ao IMP;
– Relativamente ao Francisco, teve uma GRANDE Vida. <3
Comecei a fazer macrobiótica ainda na barriga da minha mãe e é para mim o estilo de vida e de alimentação que mais sentido faz, nada cinzento, mas sim alegre e fléxivel. 🙂 Lamento que não tenha tido a mesma experiência feliz que eu. Mas o importante é experimentarmos, analisar os benefícios, neste caso da alimentação, e adequarmos (como refere no final que o fez). E tudo estará bem. <3