Na Índia, o sofrimento é visível a cada virar de esquina. Não é como cá, que está camuflado. Ou por outra: na Índia nós – os de cá -, sofremos a cada virar de esquina com aquilo que vemos. O que não quer necessariamente dizer que do outro lado haja sofrimento. Mas nós sofremos… Começa com os animais pelas rua. Nós não estamos habituados a ver animais nas ruas. Animais que comem no lixo, que se deitam no meio da estrada a dormir um sono profundo, sujos, com pulgas e carraças, alguns com sarna. Passa, depois, pelas pessoas que dormem na rua, que estão sujas, de cabelos emaranhados, crianças com bebés ao colo, que pedem. Não são pobres, aos nossos olhos são miseráveis. Nós não estamos habituados a ver gente assim pelas ruas.
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Paciência. A Índia ensina-nos a ser pacientes. Ninguém sobrevive num país com 1.225 biliões de pessoas sem paciência. Ou por outra, sobrevive, sim, tal como nós sobrevivemos aqui, nos ditos países desenvolvidos. Mas não vive, realmente. Na Índia, é natural que uma viagem rotineira demore 5, 6, 10, 12 horas. E é banal ir numa viagem de camioneta com essa duração para regressar no mesmo dia, durante a noite. E se for preciso, com um bebé ao colo. Ou dois, até.