Na Índia aprendi que a noite é para dormir e o dia é para estarmos activos. Que não há melhor do que respeitar o ritmo da natureza, adaptar ao Inverno e ao Verão e ter um horário diário que comece com o nascer do dia e termine com o pôr do sol. Claro que já sabia tudo isto, toda a gente ouve desde pequenino dizer que “deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”, certo? É do senso comum o quão é importante acompanharmos o ritmo da natureza. Mas daí até SABER mesmo a sério… Durante a maior parte da minha vida adulta, a minha hora de acordar foi sempre definida consoante as actividades do dia seguinte. Ou seja, se tinha de trabalhar às 9:00, por exemplo, punha o despertador para as 7:00 (15 minutos para sair da cama, 1 hora para banho, vestir e pequeno-almoço e 15 minutos para deslocações). E lá ia eu, sempre a correr, às vezes sem tempo para fazer a cama ou lavar a louça do pequeno-almoço antes de sair de casa, por estar atrasada.
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Sempre que vou para fora, especialmente para fora do país e para locais aos quais me sinto especialmente ligada, existe inevitavelmente uma tomada de consciência do que gostava de mudar, no regresso. Há sempre imensa coisa para alterar, nas minhas rotinas, no meu estilo de vida. Muitos planos (listas até), desejos e um sem número de boas intenções. Intenções essas que muitas vezes não passam disso mesmo… Ficam pelo caminho, esmagadas pela correria do dia-a-dia, alguns dias após o regresso. E são apenas recordadas numa próxima viagem.