Já foi para mim a pior época do ano e dizia, até, à boca cheia, que o meu dia mais feliz era o dia a seguir ao Natal. E era mesmo. Sentia uma espécie de alívio, ufa-já-passou. Até que há pouco tempo fiz as pazes com o Natal e agora é só mais uma época, da qual não é preciso fugir (até porque não dá, o Natal está por todo o lado de 1 a 25 de Dezembro). Vai daí, o melhor que fiz foi fazer as pazes com o Natal. Se não os podes vencer, junta-te a eles! O Natal – que supostamente devia ser Amor, Família, Alegria e esses blá blá blás que todos já estamos fartinhos de saber -, é, em vez disso, mais do que uma época comercial, uma época difícil para a maioria das pessoas crescidas: ou é triste, ou é uma fonte de problemas, ou é uma obrigação. Uns porque faleceu alguém e o Natal nunca mais foi a mesma coisa, outros porque têm toda uma complexa gestão familiar para fazer (e quem diz familiar, diz de orçamento, logística, casa, comida, do que que for), outros porque estão sozinhos, outros porque vão ter de estar com quem não querem ver, outros porque […]