Um dos posts mais lidos de sempre no meu blog antigo foi sobre a Dieta nº 7 de George Ohsawa. Esta famosa dieta consiste em 10 dias seguidos de Arroz Integral. É um jejum purificador, quer ao nível do corpo, quer ao nível da mente. Não é uma dieta para emagrecer, é uma dieta para purificar. Quando estava doente, em pequena, fazia sempre esta dieta e curava-me naturalmente. Na altura, confesso, era bem mais fácil do que agora. Já fiz algumas vezes, em adulta, sem estar doente, para purificar, e também quando estive doente, para permitir o corpo auto-curar-se. Custa bastante em adulta, especialmente por causa do tipo de trabalho que tenho (muitas vezes estou fora de casa alguns dias, tenho almoços de trabalho, o que dificulta). E porque tudo o que envolve estar socialmente com família ou amigos, envolve comer e/ou beber.
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[:pt] Vejo imensas pessoas a tentarem ter um estilo de vida mais saudável, a seguirem recomendações de dietas de amigas, nutricionistas, artigos de revistas e sites e, na minha opinião, a cometerem grandes erros. Emagrecem, é verdade, e normalmente é esse o objetivo principal (ou aumentar a massa muscular), mas comem muitas porcarias, sem consciência. A culpa não é dessas pessoas, nem das amigas, nem dos nutricionistas, nem das fontes em que se baseiam os artigos das revistas e sites. A culpa é claramente da ganância de quem produz bens de consumo e produtos alimentares sem qualquer tipo de consciência (quer de saúde, quer ambiental, quer de compaixão pelos outros Seres vivos), que não seja a do lucro. Há produtos à venda que não deviam ser, sequer, comestíveis! Um deles é a gelatina. De que é feita? Será saudável…?
[:pt]Não existe uma fórmula para todas as condições, estados de saúde, estilos de vida, regiões do mundo, estações do ano,… Tudo varia consoante diversos fatores – que nem sequer esses são estanques -, quer internos, quer externos ao Ser Humano. Por isso, uma recomendação generalista que indique que beber 1 ou 2 ou (até) 3 litros de água por dia faz bem, não pode ser equilibrada, nem acertada. A quantidade de água que cada um precisa de beber diariamente varia consoante aquilo que come, a atividade física que tem, o clima da região onde está, o estado de saúde presente, a condição física, idade, sexo, peso, etc. Quem faz uma alimentação à base de produtos integrais, leguminosas, legumes e frutas – com uso moderado de sal, e isenta de produtos artificiais, quimicamente processados e sem produtos animais -, que inclua chá e sopa diariamente, não precisa de beber muita água. A água está presente em todos esses alimentos e isso também conta – e muito. Para disso, tem menos toxinas e impurezas para limpar. Sobrecarregar os rins, não é de todo benéfico para a saúde. O consumo excessivo de água prejudica a saúde a diversos níveis. Incluindo também sobrecarga do sistema circulatório.
Publiquei aqui, já há algum tempo, uma série de mitos (ou a desmistificação de alguns mitos). Como é um tema muito importante – que na altura ficou a meio -, resolvi publicar novamente, agora no blog, aqueles temas que já tinha abordado e dar continuidade a esta rubrica com temas novos. O primeiro é sobre o Salmão: saudável ou nem por isso? Médicos e nutricionistas recomendam invariavelmente o consumo de Salmão. Fonte de Ómega 3, vitaminas e minerais. Só que não têm em conta que é raro encontrar-se à venda Salmão selvagem – quer em Portugal, quer no resto do mundo. O Salmão que compramos em supermercados e que comemos em restaurantes, é de viveiro e vem carregado de antibióticos, fungicidas, aditivos e corantes à base de petróleo (altamente cancerígenos). O Salmão selvagem é raro. E caro.
Mudar para a alimentação Macrobiótica não é fácil. Há não muito tempo tinha a profunda convicção de que se queríamos mudar, devíamos fazê-lo da noite para o dia. Apenas estávamos dependentes da nossa vontade. Ou seja, o correto seria começarmos a mudar de alimentação pela Dieta nº 7 (10 dias de Arroz Integral) e, gradualmente, chegarmos à Alimentação Macrobiótica padrão. Ou então, iniciarmos imediatamente a Alimentação Macrobiótica padrão (com as adaptações inerentes à condição de cada um, claro). Achava que se não tivéssemos a força de vontade suficiente para mudar, então não valia a pena sequer tentar. Isto não é de todo verdade. “As pessoas doentes incessantemente expressam o desejo de serem curadas; afirmam que têm a vontade de se libertar do seu mal, a todo preço. Vontade desta categoria não é senão o simples desejo de se recolherem em si próprias; de escapar do estado em que se encontram, por outras palavras, mera forma de derrotismo. – George Ohsawa, in Macrobiótica Zen Fui mudando de opinião aos poucos e percebi que o ideal é muito bonito, mas é uma teoria. O certo pode ir acontecendo. Não se chega ao destino, sem se percorrer o caminho. Há quem consiga mudar de um dia para o outro, sem se lamentar uma única vez, mas […]
Alguns compreendem facilmente o que é Macrobiótica. Basta uma pequena explicação e é como se soubessem desde sempre. Faz um click. Outros não. Pelo menos à primeira. Macrobiótica não é uma dieta, nem uma religião. Nem é uma moda. É uma Filosofia que nos (re)ensina a viver de acordo com a ordem da natureza, de forma simples, respeitando os outros Seres, cuidando da mente e do templo do espírito – o corpo -, comendo o que é próprio para o Homem (da forma mais integral e natural possível, alimentos da época e do local onde estamos, sem aditivos, sem químicos, sem causarmos sofrimento e usando a cozinha como farmácia). É uma porta aberta para a realização.