Tive uma espécie de epifanía sobre a forma como actualmente percepcionamos a realidade. Gabo-me de não ver televisão há vários anos e digo à boca cheia que as notícias não são “A” realidade; Que o que que é difundido nas notícias é apenas uma ínfima parte do que se está a passar no mundo naquele momento e sob a perspectiva de alguém; Que a forma como as notícias são disseminadas e o “bater sempre na mesma tecla” faz crer, a quem lê / vê / assiste, que determinado acontecimento é muito maior e relevante do que realmente é; Que ver telejornais, telenovelas, reality shows, séries, filmes e concursos leva-nos a acreditar que o mundo lá fora é de determinada forma – que não é – e a ter, até, medos infundados ou crenças fechadas; Que a nossa realidade não é há muitas décadas aquilo que percepcionamos com os nossos olhos, à dimensão dos nossos passos; Que a realidade não é o que a televisão, a rádio e os jornais nos mostram. Mas esqueci-me, durante muito tempo, que é também e especialmente aquilo que absorvemos – quase sempre involuntariamente – pelas Redes Sociais que faz com que a realidade de cada um seja assim ou assado.
Sempre que vou para fora, especialmente para fora do país e para locais aos quais me sinto especialmente ligada, existe inevitavelmente uma tomada de consciência do que gostava de mudar, no regresso. Há sempre imensa coisa para alterar, nas minhas rotinas, no meu estilo de vida. Muitos planos (listas até), desejos e um sem número de boas intenções. Intenções essas que muitas vezes não passam disso mesmo… Ficam pelo caminho, esmagadas pela correria do dia-a-dia, alguns dias após o regresso. E são apenas recordadas numa próxima viagem.
Se alguém estiver a pensar inscrever-se na viagem que estou a organizar para a Índia (é já a 3ª edição!!), a minha sugestão é que se inscreva o mais rapidamente possível. Isto porque o grupo está quase, quase a ficar completo e estou neste momento a contactar as pessoas por ordem de inscrição, até completar os últimos lugares livres. Pela experiência que tive nas outras edições, os grupos esgotam mesmo muito rápido, embora ainda falte muito para a data de partida. Esta é uma viagem planeada com muito amor, como se fosse para mim própria, para que cada participante tenha uma real experiência da Índia Sul, mas para que possa também desfrutar de muitos momentos idílicos, sem pressas. Ou seja, exactamente como eu gosto de viajar: sem ter de ver as gentes e os lugares por de trás de um vidro de uma carrinha turística, com tempo para sentir cada local, com diversidade de experiências e com uma componente espiritual forte. Já para não falar na comida, 100% vegetariana e tradicional indiana que está incluída no programa (aliás como tudo o resto, o preço inclui mesmo tudo – até voos internacionais e seguro de viagem).
Ultimamente tenho reflectido bastante sobre a questão do número de ingredientes que são usados para confeccionar cada “prato” – aliás não só sobre este, mas sobre vários outros assuntos relacionados com uma vida mais ética, consciente e simples. E tenho chegado sempre à mesma conclusão – quer nisto do número de ingredientes, quer na quantidade de comida, quer no número de refeições: Menos é mais. Quer para a saúde, quer para o equilíbrio, quer para o meio ambiente. Menos é sempre mais. Este sumo, apenas com melancia, gelo e umas folhinhas de Hortelã-Pimenta (tudo bio e gelo com água filtrada) – e que podia ter sido feito apenas com melancia -, fez-me vir aqui escrever sobre isto. Ficou delicioso, apenas com não mais do que uma fatia de melancia, e é tão simples e económico.
Sempre me fez confusão a expressão “vou treinar”. Actualmente é uma expressão super vulgar, eu sei – toda a gente treina –, mas sempre que a ouço, ainda continuo a achar que a pessoa vai participar nalguma competição ou tem um espectáculo de dança para preparar. Mas não, treinar não é necessariamente uma preparação para uma prova ou para uma competição. Nem sequer é aprender. Treinar pode ser só ir dar uma corrida ou fazer ginástica (que também já não se chama ginástica) ou nadar. Basicamente, treinar passou a ser exercitar-se – acho eu, que não percebo nada disso.
[VIAGEM COMPLETA, MAIS DATAS E PROGRAMAS EM WWW.MACROVIAGENS.PT] Depois de ter lançado a viagem de grupo de Novembro 2017 à Índia – país pelo qual me apaixonei completamente e onde já estive por diversas vezes em viagens independentes -, estou agora a organizar uma nova edição, com o mesmo itinerário! De 15 a 27 de Fevereiro, vou conduzir um pequeno grupo por Mumbai e Kerala. Uma viagem planeada para que os participantes tenham uma real experiência da Índia Sul, mas para que possam também desfrutar de muitos momentos idílicos, sem pressas. Vamos contactar com as populações locais, com diferentes religiões, saborear comida tradicional e vamos dormir uma noite a bordo de um comboio indiano. Mas vamos também passar alguns dias numa praia paradisíaca – como já existem poucas tão serenas e limpas na Índia -, vamos apreciar a tranquilidade das Backwaters de Kollam e ter tempo para desfrutar e praticar Yoga e Meditação. Para além disso, temos a possibilidade de abraçar e conhecer uma verdadeira guru Indiana e participar nos rituais de um Ashram.